quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Atividade (4° Bimestre):


Índia:
   Do ponto de vista socioeconômico, mesmo com os avanços obtidos em algumas áreas científicas e com o crescimento econômico do início deste século (cerca de 8% ao ano), o IDH do país ainda o coloca entre as nações mais pobres do planeta, com elevadas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo.

Gandhi:
   Gandhi foi o principal líder nacionalista para buscar a autonomia indiana, ele utilizava métodos pacíficos de oposição aos abusos cometidos pelo governo e as intolerâncias religiosas.
Atualmente a Índia se destaca no setor de produção industrial tecnologia de ponta. O país é um grande produtor de eletrodomésticos, biotecnologia, agroindustriais e informática, e é considerada a nação de maior produção de softwares de todo o mundo.

China:
   O crescimento vegetativo da China vem se estabilizando e hoje está em torno de 0,7% ao ano, índice bem baixo se comparado ao das décadas anteriores. Esse fato se deve, principalmente, à política antinatalista adaptada no país na década de 1950.
   Atualmente, cerca de 39% da população da China vive nas cidades. Entretanto, o êxodo rural vem se intensificando.

Mao Tsé-Tung:
   Mao Tsé-Tung foi o líder da Revolução chinesa de 1949, ele tomou medidas para garantir os princípios socialistas, entre os quais a coletivização das terras, a planificação da economia, a estatização dos meios de produção e dos bancos, a abolição do lucro e o abastecimento de um plano salarial sem grandes disparidades.
   Após a morte de Mao, Deng Xiaoping assumiu o poder e deu início à liberalização da economia e às grandes reformas políticas: aprovou uma nova constituição e a criação de órgãos legislativos e da Assembleia Nacional.

Tigres asiáticos:
   O termo “tigres asiáticos” é usado para designar quatro países e territórios da Ásia: Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan (República da China) e Hong Kong. Esses países diferem dos demais da região por apresentarem uma industrialização relativamente recente e índices de crescimento do PIB em torno de 7% a 10% ao ano, por vários anos.

Fatores responsáveis pelo grande crescimento econômico:
- Grandes investimentos estrangeiros, principalmente dos EUA;
- Política de incentivos fiscais, visando atrair capitais de empresas estrangeiras;
- Exploração da mão de obra barata e abundante, com jornadas de trabalho prolongadas e “militarização” do trabalhador;
- Políticas de incentivo e facilitação das exportações;
- Melhoria no padrão de vida da população, o que favoreceu o aumento do poder de consumo.
   
   Um dos tigres é Taiwan (República da China), que tem uma economia capitalista dinâmica com uma orientação governamental do investimento e do comércio externo que vai decrescendo gradualmente. O crescimento real do PIB foi em média de cerca de 8% durante as últimas décadas.

África do Sul:
   A África do Sul é o país mais desenvolvido economicamente do continente africano e o único que pode ser incluído entre os países emergentes. A exploração mineral é uma de suas principais atividades econômicas, uma vez que seu território apresenta subsolo rico em diamante, bauxita, ouro, platina e urânio, exportados pincipalmente para os países ricos.
   Com a população de quase 50 milhões de habitantes, o país é composto de negros (70%), euro-africanos (15%), brancos (12%) e indianos (3%), o que mostra uma composição populacional de maioria negra e mestiça.

Apartheid:
   O apartheid foi a promulgação de um conjunto de leis segregacionistas na década de 1940, que tinha o objetivo de controlar a maioria negra e favorecer o modelo econômico baseado na exploração dessa mão de obra.

sábado, 13 de outubro de 2012

Dados socioeconômicos:


África:
   O continente enfrenta os mais sérios problemas socioeconômicos. O PIB total da África corresponde a apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações do comercio internacional.
   Do ponto de vista econômico, apenas a África do Sul e algumas regiões do norte do continente apresentam algum nível de industrialização. O restante dos países africanos tem uma economia baseada no setor primário, com destaque na agropecuária e na exploração mineral:
- Por ser um continente rico em minerais, a África sempre foi alvo de grandes empresas mineradoras;
- A agropecuária é outra atividade econômica nos países africanos, antes da efetiva ocupação europeia, os povos que habitavam essa região exploravam a terra de forma coletiva, visando à subsistência. Os produtos mais cultivados na subsistência são: arroz, sorgo, milhete, banana, batata e inhame.
   O continente africano é palco de vários conflitos políticos, que desencadeiam guerras civis e prejudicam ainda mais o desenvolvimento econômico. Os mais sérios atualmente ocorrem na Nigéria, Angola, Argélia, Burundi, Ruanda, Serra Lecea, Etiópia e Somália.  

América Latina:
   O IDH da América Latina é intermediário, e alguns países vêm apresentando melhoras, como os considerados emergentes- caso do México, Brasil e argentina- ou os com melhor desenvolvimento social, como Costa Rica, Chile, Uruguai e Barbados.
   A maioria dos países da América Latina apresenta baixo nível de escolaridade e alta mortalidade infantil, que resultam em IDH medianos.
   A economia de praticamente todos os países da América Latina- exceção feita a algumas regiões industrializadas e do agronegócio no México, na Argentina, no Chile e no Brasil- apoia-se basicamente na mineração e na monocultura de exportação onde os gêneros mais produzidos são cacau, café, cana-de-açúcar, banana, entre outras frutas tropicais.
   Com um desenvolvimento industrial insignificante, esses países vivem graves problemas socioeconômicos, intensificados por constantes conflitos e catástrofes naturais, como tempestades tropicais e os furacões.
   O Chile é o que apresenta melhor IDH, com baixa taxa de analfabetismo (4%) e elevada expectativa de vida (77 anos, em média). A economia chilena apresentou um forte crescimento nos últimos anos.
   A Bolívia, junto da Guiana, é o país que apresenta o mais baio IDH da América do Sul e sua economia depende basicamente de recursos naturais, como o gás natural. 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Países:

América Anglo-Saxônica:
A região abrange os países do continente americano com língua e cultura relacionadas ao Reino Unido. Apesar de a denominação "anglo-saxônica" ser frequentemente aplicada apenas aos países desenvolvidos da América do Norte (Canadá e EUA), também integram o grupo a Guiana (situada na América do Sul) e Belize (América Central).

Aspectos econômicos:
Indústria: os EUA têm amplo e variado parque industrial, com vasta produção de bens de consumo e de tecnologia, além de gigantesco setor de serviços. Por isso, a economia estadunidense é usada como parâmetro da economia mundial e o dólar ainda é a moeda mais utilizada nas transações internacionais. No Canadá, as principais indústrias são a automotiva, a alimentícia e a aeronáutica.

Agropecuária: a América Anglo-Saxônica é grande produtora de carne, leite e grãos – principalmente milho e trigo. É conhecida como grande celeiro agrícola, capitalista e extremamente moderna. Conta ainda com os belts (ou cinturões): áreas especializadas em determinadas culturas, como o trigo, em Saskatchewan, no Canadá, e no norte das planícies centrais dos Estados Unidos.
Japão:
O Japão  é um país insular da Ásia Oriental. Localizado no Oceano Pacífico, a leste do Mar do Japão, da República Popular da China, da Coreia do Norte, da Coreia do Sul e da Rússia, se estendendo do Mar de Okhotsk, no norte, ao Mar da China Oriental e Taiwan, ao sul. Os caracteres que compõem seu nome significam "origem do Sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente".
Como grande potência econômica, possui a terceira maior economia do mundo em PIB nominal e a terceira maior em poder de compra. É também o quarto maior exportador e o sexto maior importador do mundo, além de ser o único país asiático membro do G8. O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada para autodefesa e para funções de manutenção da paz. O Japão possui um padrão de vida muito alto (12º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil. O país também faz parte do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
Levando-se em conta seu produto interno bruto (PIB) nominal de 5,8 trilhões de dólares, o Japão é presentemente a terceira economia mundial e a quarta em relação à paridade do poder de compra, estando em 5,8 trilhões * trilhões de dólares, o que ocorre basicamente em decorrência da cooperação entre o governo e a indústria, de uma profunda ética do trabalho, investimentos em alta tecnologia, redução de desperdício e reciclagem de materiais e de um orçamento relativamente baixo para a defesa. Dentre as principais atividades industriais estão a engenharia automóvel, a eletrônica, a informática, a siderurgia, a metalurgia, a construção naval e a química, com destaque para as indústrias com tecnologia de ponta nestes setores.
Nova Zelândia:
A Nova Zelândia é um país insular no sudoeste do Oceano Pacífico formado por duas massas de terra principais (comumente chamadas de Ilha do Norte e Ilha do Sul) e por numerosas ilhas menores, sendo as mais notáveis as ilhas Stewart e Chatham. O nome indígena na língua maori para a Nova Zelândia é Aotearoa, normalmente traduzido como "A Terra da Grande Nuvem Branca". Os domínios da Nova Zelândia também incluem as Ilhas Cook e Niue (que se auto-governam mas em associação livre); Tokelau; e a Dependência de Ross (reivindicação territorial da Nova Zelândia na Antártida).
A Nova Zelândia é notável por seu isolamento geográfico: está situada a cerca de 2 000 km a sudeste da Austrália, separados através domar da Tasmânia e os seus vizinhos mais próximos ao norte são a Nova Caledônia, Fiji e Tonga. Devido ao seu isolamento, o país desenvolveu uma fauna distinta dominada por pássaros, alguns dos quais foram extintos após a chegada dos seres humanos e dos mamíferos introduzidos por eles. A maioria da população da Nova Zelândia é de ascendência europeia, os nativos māoris são minoria.   Asiáticos e polinésios não-māori também são grupos de minoria significativa, especialmente em áreas urbanas.   A língua mais falada é o inglês.
A Nova Zelândia é um país desenvolvido que se posiciona muito bem em comparações internacionais sobre desenvolvimento humano (o quinto melhor do mundo em 2011), qualidade de vida, esperança de vida, alfabetização, educação pública, paz, prosperidade, liberdade econômica, facilidade de fazer negócios, falta de corrupção, liberdade de imprensa, democracia e proteção das liberdades civis e de direitos políticos. Suas cidades também estão entre as "mais habitáveis do mundo".
Austrália:
A Austrália  é um país do hemisfério sul, localizado na Oceania, que compreende a menor área continental do mundo ("continente australiano"), a ilha da Tasmânia e várias ilhas adjacentes nos oceanos Índico e Pacífico. O continente-ilha, como a Austrália por vezes é chamada, é banhado pelo oceano Índico, a sul e a oeste, pelo mar de Timor, mar de Arafura e Estreito de Torres, a norte, e pelo mar de Coral e mar da Tasmânia, a leste. Através destes mares, tem fronteira marítima com a Indonésia, Timor-Leste e Papua-Nova Guiné, a norte, e com o território francês da Nova Caledônia, a leste, e a Nova Zelândia a sudeste.
Durante cerca de quarenta mil anos antes da colonização europeia iniciada no final do século XVIII, o continente australiano e a Tasmânia eram habitadas por cerca de 250 nações individuais de aborígenes. Após visitas esporádicas de pescadores do norte e pela descoberta europeia por parte de exploradores holandeses em 1606,] a metade oriental da Austrália foi reivindicada pelos britânicos em 1770 e inicialmente colonizada por meio do transporte de presos para a colônia de Nova Gales do Sul, fundada em 26 de janeiro de 1788. A população aumentou de forma constante nos anos seguintes, o continente foi explorado e, durante o século XIX, outros cinco grandes territórios autogovernados foram estabelecidos.
Tecnologicamente avançada e industrializada, a Austrália é um próspero país multicultural e tem excelentes resultados em muitas comparações internacionais de desempenhos nacionais, tais como saúde, esperança de vida, qualidade de vida, desenvolvimento humano, educação pública, liberdade econômica, bem como a proteção de liberdades civis e direitos políticos. As cidades australianas também rotineiramente situam-se entre as mais altas do mundo em termos de habitabilidade, oferta cultural e qualidade de vida. A Austrália é o segundo país com o maior índice de desenvolvimento humano do mundo. É membro da Organização das Nações Unidas (ONU), G20, Comunidade das Nações, ANZUS, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE), bem como a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Federação Russa:
A Federação Russa  é um país localizado no norte da Eurásia (Europa e Ásia em conjunto). Faz fronteira com os seguintes países (de noroeste para sudeste): Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia (ambas através de Kaliningrado), Bielorrússia, Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Mongólia e Coreia do Norte. Faz também fronteiras marítimas com o Japão (pelo Mar de Okhotsk) e com os Estados Unidos (pelo Estreito de Bering). Com 17.075.400 quilômetros quadrados, a Rússia é o país com maior área do planeta, cobrindo mais de um nono da área terrestre. A Rússia também é o nono país mais populoso, com 142 milhões de habitantes.
A Rússia é a oitava ou nona maior economia do mundo por PIB nominal e a sexta maior economia do mundo em paridade do poder de compra, com o quinto maior orçamento militar nominal e o terceiro maior em PPC. É um dos cinco Estados reconhecidos com armas nucleares do mundo, além de possuir o maior arsenal de armas de destruição em massa do planeta . A Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, membro do G8, G20, APEC, OCX, EurAsEC, além de ser um destacado membro da Comunidade dos Estados Independentes. O povo russo pode se orgulhar de uma longa tradição de excelência em todos os aspectos das artes e das ciências, bem como uma forte tradição em tecnologia, incluindo importantes realizações como o primeiro voo espacial humano.
CEI:
A CEI (Comunidade dos Estados Independentes) foi criada em 1991, após a desagregação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Os países integrantes são: Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Moldávia, Quirquistão, Tadjiquistão, Ucrânia, Uzbequistão, Azerbaidjão e Turcomenistão (membro associado).

   A sede da Comunidade dos Estados Independentes está localizada em Minsk, capital da Belarus. Sua estrutura administrativa contém dois conselhos, um formado pelos chefes de Estado e o outro formado pelos chefes de Governo, as reuniões ocorrem de três em três meses.
A CEI é mais do que um bloco, pois além de um sistema econômico, há também um sistema de defesa incorporado a ela. Difere da URSS pelo fato de cada país deter sua soberania.

   As diferenças econômicas é o principal entrave para uma integração efetiva entre os países membros. A Federação Russa detém a hegemonia no grupo, isso ocorre em virtude de fatores como situação econômica, poderio militar, condição geopolítica mundial, etc.
Países Balcãs:
Os Bálcãs, ou Balcãs, ou ainda Península Balcânica, é o nome histórico e geográfico para designar a região sudeste da Europa que engloba a Albânia, a Bósnia e Herzegovina, a Bulgária, a Grécia, a República da Macedónia, o Montenegro, a Sérvia, o autoproclamado independente Kosovo, a porção da Turquia no continente europeu (a Trácia), bem como, algumas vezes, a Croácia, a Romênia e a Eslovênia e a Áustria.
O termo deriva da palavra turca para montanha e faz referência à cordilheira dos Bálcãs, que se estende do leste da Sérvia até ao mar Negro.
Indícios arqueológicos concluíram que a região é habitada desde o ano 200.000 A.C. pelas culturas Aurignacaian e Gravettian. A cultura neolítica foi desenvolvida a partir do ano 7000 A.C., entre essa cultura, estava uma arte cerâmica decorada. A partir do ano 3500 A.C, a região foi colonizada por semi-nômades provenientes das estepes russas, e posteriormente por povos da Europacentral. A região pertenceu a vários povos, como persasgregosromanosbizantinos e otomanos. Povos como sérviosbúlgaros e magiares, também conseguiram estabelecer pequenos impérios na região, contudo, não contiveram o avanço do Império Otomano, que estenderam seu império à região na segunda metade do Século XIV.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

União Europeia (UE):


   A União Europeia (UE) é uma união econômica e política de 27 Estados-membros independentes que estão localizados principalmente na Europa. A UE tem as suas origens na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na Comunidade Econômica Europeia (CEE), formadas por seis países em 1958. Nos anos de intervenção a UE cresceu em dimensão com a adesão de novos Estados-membros e em poder, por meio da adição de domínios políticos nas suas competências. O Tratado de Maastricht estabeleceu a União Europeia com o seu nome atual em 1993. A última alteração ao fundamento constitucional da UE, o Tratado de Lisboa, entrou em vigor em 2009.
   A UE opera através de um sistema híbrido de instituições supranacionais independentes e de decisões intergovernamentais feitas e negociadas pelos Estados-membros. As mais importantes instituições da UE são a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia, o Conselho Europeu, o Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Central Europeu. O Parlamento Europeu é eleito a cada cinco anos pelos cidadãos da UE.
   A UE tem desenvolvido um mercado comum através de um sistema padronizado de leis que se aplicam a todos os Estados-membros. No Espaço Schengen (que inclui membros e não membros da UE) os controlos de passaporte foram abolidos. As políticas da UE têm por objetivo assegurar a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, legislar assuntos comuns na justiça e manter políticas comuns de comércio, agricultura, pesca e desenvolvimento regional. A união monetária, a Zona Euro, foi criada em 1999 e é atualmente composta por 17 Estados-membros. Através da Política Externa e de Segurança Comum, a UE desenvolveu um papel limitado nas relações externas e de defesa. Missões diplomáticas permanentes foram estabelecidas em todo o mundo e a UE é representada nas Nações Unidas, na Organização Mundial do Comércio (OMC), no G8 e no G-20.
   Com uma população total de mais de 500 milhões de pessoas, o que representa 7,3% da população mundial, a UE gerou umproduto interno bruto (PIB) de 12,2 mil milhões de euros em 2010, o que representa cerca de 20% do PIB global, medido em termos de paridade do poder de compra. 

Meio ambiente:   
   Os países da União Europeia, no seu conjunto, constituem a grande potência mundial no que diz respeito ao desenvolvimento e aplicação de energias renováveis. A promoção das energias renováveis tem um papel muito importante, tanto em termos de reduzir a dependência externa de abastecimento energético da UE, como nas ações a serem tomadas em relação ao combate das alterações climáticas. Mas a Alemanha é o único membro da UE que está no caminho certo para alcançar as metas estabelecidas no Protocolo de Quioto sobre as alterações climáticas, que irá terminar em 2012.
   O Conselho Europeu, em março de 2007, aprovou um plano energético que inclui obrigatoriamente um corte de 20% das suas emissões de dióxido de carbono até 2020 e de consumir mais energias renováveis a representar 20% do consumo total na UE (contra os 7% em 2006). O acordo, indiretamente, reconheceu o papel da energia nuclear para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, o que compete a cada Estado-membro decidir se quer ou não recorrer a essa tecnologia.
   Por outro lado foi criado o compromisso de alcançar uma quota mínima de 10% de biocombustíveis no consumo total de gasolina e de gasóleo nos transportes em 2020.
   A futura divisão do esforço para atingir a percentagem de 20%, terá em conta as especificidades energéticas de cada Estado. Além disso, a UE está empenhada em atingir até 30%, a redução dos gases com efeito de estufa, em caso de compromisso internacional que envolva as duas outras potências, como a dos novos países industrializados.

Política:   
 
   O governo da União Europeia tem sido sempre colocado entre o modelo de conferência intergovernamental, em que os Estados mantenham todos os seus privilégios e um modelo supranacional em que uma parte da soberania dos Estados é delegada para a União.
  No primeiro caso, as decisões comunitárias são, de facto, tratadas entre os Estados e têm de ser tomadas por unanimidade. Este modelo, perto do princípio de organizações intergovernamentais clássicas, é defendido pelos eurocéticos. Segundo eles, são os chefes de Estado e de governo que têm legitimidade democrática para representar os cidadãos. Estes afirmam que as nações é que deveriam controlar as instituições da União Europeia. O segundo caso é o facto da atual eurofilia. Eles salientam que as instituições deveriam representar os cidadãos diretamente. Para eles, com o alargamento da UE em 2004 e 2007, as modalidades do processo de tomada de decisões no âmbito das instituições deve ser adaptável, a fim de se evitar qualquer risco de paralisia.
   A União Europeia utiliza um modelo híbrido de governo: o Conselho da União Europeia, que é o representante dos Estados (decisões não requerem unanimidade, o voto de cada Estado é definido através do número de habitantes de cada um) e o Parlamento Europeu, que é o representante dos cidadãos. Este modelo é uma chave para a luta de influências entre as três instituições europeias: o Parlamento, a Comissão e o Conselho.
   Ao todo, são sete instituições:
- Parlamento Europeu − é a assembleia parlamentar, eleita por sufrágio universal direto pelos cidadãos da União Europeia.
-  Conselho da União Europeia − anteriormente denominado Conselho de Ministros, é o principal órgão legislativo e de tomada de decisão na UE. Representa os Governos dos Estados-membros.
-  Conselho Europeu - é composto pelos Chefes de Estado ou de Governo dos países-membros da União, juntamente com o Presidente da Comissão Europeia.
-  Comissão Europeia - instituição politicamente independente que representa e defende os interesses da União como um todo, propõe legislação, políticas e programas de ação, e é responsável pela execução das decisões do Parlamento e do Conselho da UE. É o órgão com poder executivo e de iniciativa.
-  Tribunal de Justiça da União Europeia - garante a conformidade com a legislação da União, uma vez que os Estados-membros estão sujeitos judicialmente a este.
-  Tribunal de Contas Europeu - controla a legalidade e a regularidade da gestão do orçamento da UE.
-  Banco Central Europeu - é responsável pela moeda única da Zona Euro e a sua principal missão é preservar o poder de compra do euro, assegurando assim a estabilidade de preços na respetiva zona.
   Além disso, a UE tem cinco órgãos principais: o Comité Económico e Social, o Comité das Regiões, o Banco Europeu de Investimento, o Provedor de Justiça Europeu e a Europol.

 Economia:   
   A União Europeia estabeleceu um mercado único em todo o território de todos os seus membros. Uma união monetária, a zona euro, usando uma moeda única é composta por 17 Estados-membros. Em 2010, a UE gerou uma estimativa cerca de 26% (16.242 milhões de dólares internacionais) do produto interno bruto (PIB) global, tornando-se a maior economia o mundo. O bloco é o maior exportador importador de bens e serviços, além de ser o maior parceiro comercial de vários grandes países como a China, Índia e Estados Unidos.
   Das 500 maiores empresas do mundo classificadas pela sua receita (Fortune Global 500 em 2010), 161 têm a sua sede na UE. Em maio de 2007 o desemprego na UE era de 7%, enquanto que o investimento era de 21,4% do PIB, a inflação em 2,2% e o défice público em -0,9% do PIB.
   Há uma variação significativa na renda anual per capita entre os países-membros da UE, sendo que estas podem variar entre  5.000 e € 50.000 (cerca de US$ 7.000 e US$ 69.000). A diferença entre as regiões mais ricas e mais pobres (271 NUTS-2 as regiões da Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas) variou, em 2007, de 26% da média da UE-27, na região de Severozapaden, na Bulgária, a 334% da média em Londres, no Reino Unido. Nas regiões ricas, Londres tinha uma renda de € 83.200 PPC per capita, Luxemburgo € 68.500 e Bruxelas € 55.000, enquanto as regiões mais pobres são Severozapaden com uma renda de € 6.400 per capita PPC, Nord-Est (Romênia) e Severen tsentralen (Bulgária) com € 6600 e Yuzhen tsentralen (Bulgária) com € 6.800.
   Os Fundos Estruturais e Fundos de Coesão estão a apoiar o desenvolvimento das regiões menos desenvolvidas da UE. Essas regiões estão localizadas principalmente nos novos Estados-membros do Centro-Leste da Europa. Vários fundos fornecem ajuda de emergência, apoio aos candidatos a membros para que estes transformem os seus países ao ponto de se adequarem à norma da UE e apoio à ex-repúblicas soviéticas da Comunidade de Estados Independentes. 

Infraestrutura:   
 (Ponte do Øresund entre a Dinamarca e a Suécia é parte das Redes Transeuropeias)
   A UE está a trabalhar para melhorar as infraestruturas transfronteiriças dentro do seu território, por exemplo, através das Redes Transeuropeias (RTE). Entre os projetos no âmbito da RTE incluem-se o Eurotúnel, TAV Est, o túnel ferroviário do Fréjus, a Ponte do Øresund, o túnel do Brennero e a ponte do estreito de Messina. Em 2001, estimou-se que até 2010 a rede iria cobrir: 75.200 km de estradas; 78.000 km de ferrovias; 330 aeroportos; 270 portos marítimos e 210 portos internos.
   O desenvolvimento das políticas de transportes europeia aumentará a pressão sobre o meio ambiente em muitas regiões por onde a rede de transportes aumentou. Nos membros da UE antes de 2004, o grande problema nos negócios de transporte com o congestionamento e a poluição. Após o recente alargamento, os novos Estados que aderiram em 2004 trouxeram o problema da resolução de acessibilidade para a agenda de transporte. A rede de estradas polacas, em especial, estava em más condições: na adesão da Polônia à UE, 4600 estradas precisava ser atualizadas aos padrões da UE, exigindo cerca de € 17 mil milhões.
   O sistema de navegação por satélite Galileo é um outro projeto de infraestrutura da UE. O Galileo é uma proposta de sistema global de navegação por satélite, a ser construído pela UE e lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA) e deve estar em operação até 2010. O projeto Galileo foi lançado, em parte, para reduzir a dependência da UE do sistema de posicionamento global (GPS) dos Estados Unidos, mas também para proporcionar uma cobertura global mais completa e permitir uma precisão muito maior, dada a idade do sistema GPS. O sistema europeu foi criticado por alguns devido aos custos, atrasos e pela percepção de redundância, dada a existência do sistema GPS. 

Educação e ciência:   
   Educação e ciência são áreas onde o papel da UE é limitado a apoiar os governos nacionais. Na educação, a política foi desenvolvida principalmente na década de 1980 em programas de apoio ao intercâmbio e mobilidade.   A mais visível delas foi o Programa Erasmus, um programa de intercâmbio universitário que começou em 1987. Em seus primeiros 20 anos, tem apoiado oportunidades de intercâmbio internacional para mais de 1,5 milhões de universidades e estudantes universitários e tornou-se um símbolo da vida estudantil europeia.
   Atualmente existem programas semelhantes para alunos e professores, para os formandos no ensino e formação profissional e para adultos no Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida 2007-2013. Estes programas são concebidos para incentivar um conhecimento mais amplo de outros países e difundir boas práticas nos domínios da educação e de formação em toda a UE. Por meio de seu apoio ao processo de Bolonha, a UE está apoiando padrões e graus comparáveis e compatíveis em toda a Europa.
   O desenvolvimento científico é facilitado através de programas científicos da UE, o primeiro dos qual iniciado em 1984. Os objetivos da política da UE nesta área são de coordenar e estimular a pesquisa. O independente Conselho Europeu de Investigação aloca fundos da UE para projetos de pesquisa europeus ou nacionais. O Sétimo Programa (FP7) promove várias áreas, por exemplo, a energia, onde ele pretende desenvolver um mix diversificado de energias renováveis para o meio-ambiente e para reduzir a dependência de combustíveis importados. 

Cultura e desporto:   
  A cooperação cultural entre os países-membros tem sido uma preocupação da UE desde a sua inclusão como uma competência comunitária no Tratado de Maastricht. As ações na área cultural por parte da UE incluem o programa Cultura 2000, de 7 anos, o evento Mês Cultural Europeu, o programa MEDIA, orquestras como a Orquestra de Jovens da União Europeia e o programa Capital Europeia da Cultura, onde uma ou mais cidades na UE são selecionadas por um ano para contribuir para o desenvolvimento cultural da cidade.
  O desporto é principalmente de responsabilidade dos Estados-membros individualmente ou outras organizações internacionais que não a UE. No entanto, existem algumas políticas da UE que tiveram um impacto sobre o desporto no bloco, tais como a livre circulação de trabalhadores, que estava no cerne da Lei Bosman, que proibiu ligas nacionais de futebol de impor quotas em jogadores estrangeiros com cidadania europeia. O Tratado de Lisboa exige que qualquer aplicação de regras económicas levem em conta a natureza específica do desporto e as suas estruturas baseadas no voluntariado. Este lobby rege organizações como o Comité Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Futebol (FIFA), devido às objeções sobre as aplicações dos princípios do mercado livre para o desporto, o que levou a um crescente fosso entre clubes ricos e pobres. A UE financia um programa para Israel, Jordânia, Irlanda e treinadores de futebol britânicos, como parte do projeto Futebol para a Paz. 

                                         (Maribor, na Eslovénia, são as Capitais Europeias da Cultura em 2012)


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Regionalização:

O que significa regionalizar?
   Regionalizar significa individualizar parte do espaço geográfico de acordo com determinados critérios, que podem ser sociais, culturais, físicos, econômicos e políticos. A regionalização pode também ocorrer em diferentes escalas: mundial, como a divisão do globo em dois hemisférios; nacional, como a separação territorial dos países; e local, como a delimitação de áreas específicas (a região central de uma cidade, por exemplo).

Quais são os objetivos da regionalização?
   A regionalização vem sendo estudada por muitos pesquisadores, com o objetivo, principalmente, de facilitar a análise do espaço geográfico. Ao dividir o espaço, ou fazer determinado recorte temático, é possível aprofundar o conhecimento sobre uma localidade, ou comparar diversas regiões, como nos mostra o geógrafo estadunidense Richard Hartshorne (1899-1992).
   Uma divisão comum é a que procura delimitar as regiões com o objetivo de facilitar a localização de um determinado fenômeno ou evento, geralmente agrupando países com proximidade espacial: Oriente Médio,    Leste Europeu, Caribe, Polinésia, África Subsaariana, entre outros.

Regionalização política:
   A regionalização política baseia-se principalmente na divisão territorial dos países, que também podem ser agrupados de acordo com sua localização. Atualmente o mundo é dividido em cinco continentes e cerca de 200 países, características distintas de organização política, territorial, social, cultural e econômica.
América:
   A América é um continente que se prolonga do extremo Norte ao extremo Sul do globo, entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Recebeu esta denominação pela primeira vez em um mapa de 1507.
   Apesar de a América ser conhecida também como “Novo Continente”, outros povos já habitavam milhares de anos antes da chegada dos europeus, como é o caso dos incas, na região andina, e das civilizações maia e asteca no México e na América Central.
   Atualmente predomina na América, a divisão baseada na sua localização (do Norte Central e do Sul) e na herança colonial (Anglo-Saxônica e Latina, na qual prevalecem aspectos socioeconômicos e culturais).
   Na América Anglo-Saxônica predominou a colonização inglesa (anglo-saxã), que também determinou a língua e o modelo de desenvolvimento econômico no Canadá e nos EUA- embora os franceses também tenham grande influência no Canadá.
   A América Latina, complementarmente, é formada por países colonizados predominantemente por povos de origem cultural latina, como o francês, o espanhol e o português. Assim, compõem essa região o México e os demais países da América Central e América do Sul.
Europa:
   A Europa é considerada o berço da civilização ocidental ou “Velho Continente”. Do ponto de vista geológico, forma com a Ásia um grande bloco de terra, também conhecido como Eurásia. Apesar de não haver um oceano ou mar que as separe, em razão das diferenças históricas e culturais, cada uma é considerada e analisada como um continente à parte.
   A Europa também é regionalizada de diferentes modos. Na época da Guerra Fria, o continente foi dividido em Europa Ocidental, aliada dos EUA, e Europa Oriental, área que compactuava com a URSS. Ainda hoje podemos usar essas definições, mas elas já não têm o mesmo significado político que tinham naquele período.
   Outras sub-regionalizações dividem a Europa em:
- países nórdicos ou escandinavos: Suécia, Finlândia, Noruega, Dinamarca e Islândia;
- países ibéricos: Portugal e Espanha;
- Europa Meridional: Itália e Grécia;
- Europa Ocidental: Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Suíça e Irlanda;
- Europa Central: Alemanha, República Tcheca, Polônia, entre outras.
- Europa Oriental, com a parte europeia da Rússia e algumas outras ex-Repúblicas Soviéticas como Ucrânia e Armênia.
Ásia:
   Na Ásia, algumas características socioculturais permitem fazer uma regionalização do continente em cinco grandes conjuntos:
- Oriente Médio: onde predominam países de língua árabe e, mesmo na Turquia, cujo idioma oficial é o turco, e em Israel, onde se fala o hebraico. As disputas religiosas e territoriais são intensas e frequentes nessa região.
O Oriente Médio ainda ocupa uma posição estratégica, situado na confluência de três continentes, constituindo uma área de passagem.
- Ásia Meridional: formada pelo subcontinente indiano, que, além de índia, inclui Paquistão, Bangladesh, Butão, Nepal, Sri Lanka e Maldivas. Em virtude de sua localização intermediária no continente asiático, esta região foi invadida por diversos povo, o que possibilitou a formação de uma cultura diversificada e uma miscigenação racial ampla.
- Ásia Central: envolve a parte asiática da ex-União Soviética, formada por alguns países da Comunidade dos Estados Independentes, como Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão e parte da própria Rússia.
África:
   Devido à heterogeneidade que marca a política, a economia e, principalmente, a cultura do continente africano, há diversas formas de regionaliza-lo. A forma mais abrangente considera dois grandes complexo regionais: a África Setentrional e África Subsaariana.
   A África Setentrional é constituída de seis países independentes: Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos e   Mauritânia. Uma das características marcantes da região é a sua composição populacional, cultural e religiosamente pelos povos árabes, que deixaram marcas profundas.
   A África Subsaariana é composta de 47 países e recebe essa denominação por incluir países que têm seu território ao Sul do deserto do Saara. Mesmo assim, ainda encontramos ao norte desta região nações nas quais o islamismo é a religião predominante.
Oceania:
   A Oceania é o menor e mais povoado continente do planeta, na qual se localizam 14 nações e outras pequenas possessões estadunidenses, francesas e britânicas. Por sua colonização ser mais recente, é também chamado de “Novíssimo Continente”.
   Apesar de também terem sido colônias, os dois principais países da região, Austrália e Nova Zelândia, apresentam elevados índices de desenvolvimento humano e são as únicas nações localizadas ao sul da linha do Equador incluídas no chamado Norte industrializado ou desenvolvido.

Regionalização socioeconômica:
   Pode-se dividir o globo entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos (ou ricos e pobres); industrializados e não-industrializados; agrícolas e industriais; centrais e periféricos, do Norte ou do Sul.
   Esse tipo de regionalização considera principalmente as condições socioeconômicas dos países. Ele divide o mundo em dois blocos: ao norte, os países que compõem o bloco dos desenvolvidos (ricos),e, ao Sul, os países subdesenvolvidos (pobres), com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, classificados como ricos.
   Essa forma de regionalização generaliza as condições sociais, culturais, econômicas e políticas dos países de ambos os blocos. Ela define uma linha divisória, como se todos os países pertencentes a um dos grupos apresentassem exatamente a mesma realidade social e econômica.

 Fonte: Livro: Geografia- Sociedade e cotidiano 3/ Dadá Martins, Francisco Bigotto e Márcio Vitiello.

Globalização:


   A Globalização é a interdependência de todos os povos e países do nosso planeta. Portanto, define-se globalização como o termo utilizado para o processo de transformações econômicas e políticas que vêm acontecendo nas últimas décadas. A principal característica é a integração dos mercados mundiais com a exploração de grandes empresas multinacionais. Junta-se a isso a grande revolução tecnológica com o uso cada vez maior de telefones, computadores e televisão e a uniformidade das informações com o surgimento e explosão da Internet e dos canais de televisão por assinatura. Com isso os países passam a interagir não só na economia e na política, como também na cultura.
    O fenômeno da globalização não produziu os mesmos efeitos em todos os países e em todas as camadas sociais. A formação de grandes conglomerados econômicos, o aumento extraordinário do volume de capitais movimentados nas transações financeiras, a livre circulação de mercadorias entre os países e a revolução tecnológica não possibilitaram uma elevação na qualidade de vida da maior parte da população mundial, que inicia o século XXI convivendo com o desemprego, a pobreza e a fome.

A globalização no dia-a-dia: 

   A globalização nos rodeia, está em tudo. Suponhamos que você vá com seus amigos comer um cheeseburger e tomar Coca-Cola no McDonald's. Em seguida, assista a um filme de Steven Spielber e volte para casa num carro Ford ou num ônibus Mercedes. Ao chegar, o telefone toca. Você atende num aparelho fabricado pela Siemmens e ouve um amigo lembrando-o de um videoclipe que começou há instantes na televisão: Michael Jackson em seu último lançamento. Você corre e liga o aparelho da marca Mitsubishi. Ao terminar o clipe, decide ouvir um CD do grupo Simply Red gravado pela BMG Ariola Discos, de propriedade da Warner, em seu equipamento Philips.
  Veja quantas empresas transnacionais estiveram presentes nesse curto programa de algumas horas. Na verdade, não há atividades que escapem dos efeitos da globalização do capitalismo. Nem mesmo os esportes. Nem a seleção canarinho dispensa o patrocínio da Coca-Cola, símbolo estridente do processo de globalização do capital.
  A influência política da globalização chega ao ponto de entidades de direitos humanos dos Estados Unidos tomarem conhecimento da chacina de meninos de rua, ocorrida em 1993 em frente à igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, antes mesmo do próprio governo brasileiro.

A Ordem Geopolítica Mundial:


   É uma forma explicativa utilizada para melhor se compreender as transformações socioeconômicas e geopolíticas que ocorrem no mundo. Corresponde, portanto, às relações de poder entre os países.
   Essa ordem define qual é ou quais são as grandes potências e suas áreas de influência em determinado momento histórico, quais são as disputas que ocorrem nos âmbitos político, militar, ideológico, entre outros.
   No estudo da geopolítica, costuma-se afirmar que existiram algumas ordens mundiais predominantes em determinados períodos históricos, como a ordem bipolar, característica da velha ordem, e a multipolaridade x unipolaridade, que defendem a nova ordem mundial.

Velha Ordem Mundial (Linha do tempo):

1945-1991:
* Bipolarização político-ideológica:
 Guerra Fria
* Divisão do mundo:
Mundo capitalista: EUA
Mundo socialista: URSS

A partir de 1980:
* Introdução de novo paradigma tecnológico
* Convergência de tecnologias em microeletrônica
* Revolução no sistema de computação (hardware e
software) e no sistema de telecomunicações
* Tecnologia de informações:
- Avanços e inovações tecnológicas no sistema de produção,
de distribuição e nos produtos
- Novos padrões de produtividade, competitividade e
Lucratividade.

Abertura política 1985:
*Mikhail Gorbatchev, Secretário-Geral do
Partido Comunista da União Soviética, anunciou
reformas que visavam enfrentar a crise
econômico-social e reformar o sistema socialista
soviético em crise na direção de um “socialismo
de mercado”, com democracia e descentralização.

1986: Suspensão unilateral dos testes nucleares
Subterrâneos.

1987: Assinado um acordo com os Estados
Unidos para a eliminação dos mísseis de médio
Alcance.

1988: União Soviética retira tropas do
Afeganistão.

1989/1990: Queda do Muro de Berlim

1991: Não-assinatura do novo Tratado da União 
para manter a União Soviética e derrota final no
plebiscito na Ucrânia.
- Colapso do mundo socialista
- Fim da bipolarização político-ideológica
- Hegemonia exclusiva dos EUA nos planos
político-ideológico e militar.

Fonte: Livro - Geografia do Brasil e geral/ Povos e territórios/ Volume único - Vagner Augusto da Silva.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Crescimento econômico x desenvolvimento humano: contradições do capitalismo (Pág 50-60):

   O PIB (produto interno bruto) é utilizado para calcular o crescimento econômico de um país ou de uma região. De acordo com ele, e também, com o PNB (produto nacional bruto), os países se classificavam em três grupos:
- Desenvolvidos: Onde se encaixavam os países industrializados; cuja economia se baseava no processo industrial;
- Em desenvolvimento: É o que o Brasil se encaixava. Formado pelos países que possuíam um parque industrial em expansão;
- Subdesenvolvidos: Formado pelos países que apresentavam os índices mais e economia centrada na agricultura ou matérias-primas.
   Na época da Ditadura Militar, compreendia-se que os países passaram por estágios de desenvolvimento, onde os que eram subdesenvolvidos, com seus avanços, chegariam a se encaixar nos países desenvolvidos. Essa foi uma maneira linear de se analisar, mas ao ver que alguns países chamados de desenvolvidos não se tornaram grandes potencias e continuaram enfrentando sérias dificuldades foi preciso criar uma nova forma de classificação, que não recorresse somente á economia.
   A ONU (Organização das Nações Unidas) elaborou uma nova proposta de classificação dos países que passou a considerar, além do PIB, alguns indicadores sociais. São eles: Longevidade (ou expectativa de vida), nível de escolaridade ou PIB per Capita.
- Longevidade: É usada para planejar ações que irão visar à melhoria das condições de vida da população, principalmente dos idosos, em diversas áreas, como atendimento médico-hospitalar, acesso a moradia, entre outros;
- Nível de escolaridade: Calcula o grau de desenvolvimento humano, visando às taxas de analfabetismo e as matrículas feitas em todas as escolas do ensino fundamental, médio e superior do país. E com esse dado, fazer com os órgãos governamentais criem projetos para a melhoria da qualidade da educação no país;
- PIB per capita: Corresponde a soma de toda riqueza produzida no país dividida pelo total da população.

Índice de desenvolvimento humano (IDH):

Os dados anteriores vão resultar no IDH. Onde os países são classificados em:
- Desenvolvimento humano muito elevado: os índices variam de 0,900 a 1;
- Desenvolvimento humano elevado: 0,800 a 0,899;
- Desenvolvimento humano médio: os índices variam de 0,500 a 0,799;
- Desenvolvimento humano baixo: os índices são menores que 0,500.
   Os países em desenvolvimento muito elevado são os que possuem uma produção industrial significativa, como os EUA e o Japão. Outros têm recursos provenientes do petróleo, e também, os que têm desenvolvimento econômico recente.
   Os países em desenvolvimento elevado são os que possuem produção econômica relevante, tendo bom desempenho econômico, mas com muitos problemas sociais, o que faz com que o nível de IDH seja mais baixo que os países mais ricos.
   Os países em desenvolvimento médio são os que possuem sérios problemas sociais e alguns deles com grandes dificuldades financeiras. Alguns deles apresentam níveis elevados de produção, como a China e a índia, economias emergentes.
   Os países em desenvolvimento baixo são os que possuem falta de investimentos estrangeiros, que faz com que as grandes empresas não se interessem em investir em países que ofereçam poucas condições para obter lucros. Esses países também apresentam os indicadores sociais mais baixos, têm secas constantes, entre outras coisas.